De repente os véus se caem e o que permanece é a visão de um ego repleto de mágoas e necessidades tão íntimas que quase tornou capaz de moldar, de tentar mudar, de fazer parecer Um, aquilo que na verdade foi puramente a necessidade de uma exclusividade doentia.
"E lá estava o fabricante de marionetes, construía cada uma a seu bel prazer, as fazia dançar lindamente, deu vida a elas! Porém não poderia imaginar que se tornaria quase um com elas, e assim passou a viver....entre seus bonecos, cada qual mais único que o outro, detalhe este que ele não percebia, pois os moldava com suas próprias mãos e os enchia de vontade verdadeiras.
Surpreendeu-se no dia em que seus...seus...SEUS bonecos não eram mais tão seus assim, haviam começado a enxergar a loucura por trás da face racional do fazedor de marionetes, e se libertaram! Tornaram-se únicos de verdade, tornaram-se o que eram, mas ainda tinham carinho pelo fazedor de marionetes, mas este não podia mais sentir."