segunda-feira, 30 de julho de 2018

O fazedor de marionetes

E lá no passado ficaram as brumas enevoando a visão de todos nós. Sempre havia aqueles que soavam como voz de alerta, mas que para nós apenas não compreendiam a "sublime missão". Mas hoje, é dia de céu azul, é hora da névoa se desfazer e agora que as brumas permaneceram no passado posso olhar e ver de fato como os desejos de outrem se fizeram parecer missão humanitária e enganou a todos nós.
De repente os véus se caem e o que permanece é a visão de um ego repleto de mágoas e necessidades tão íntimas que quase tornou capaz de moldar, de tentar mudar, de fazer parecer Um, aquilo que na verdade foi puramente a necessidade de uma exclusividade doentia.

"E lá estava o fabricante de marionetes, construía cada uma a seu bel prazer, as fazia dançar lindamente, deu vida a elas! Porém não poderia imaginar que se tornaria quase um com elas, e assim passou a viver....entre seus bonecos, cada qual mais único que o outro, detalhe este que ele não percebia, pois os moldava com suas próprias mãos e os enchia de vontade verdadeiras.
Surpreendeu-se no dia em que seus...seus...SEUS bonecos não eram mais tão seus assim, haviam começado a enxergar a loucura por trás da face racional do fazedor de marionetes, e se libertaram! Tornaram-se únicos de verdade, tornaram-se o que eram, mas ainda tinham carinho pelo fazedor de marionetes, mas este não podia mais sentir."