Sinto saudades de quando os sonhos eram constantes, talvez por causa da facilidade em ver a vida com um tom saudável de ilusão.
É meio triste isso, mas é assim que é. Acho que isso é mais normal do que deveria ser.
Me sinto tão minúscula aqui à beira da janela do meu quarto que é quase doloroso. Penso sobre minha rotina, sobre os sonhos arrancados de mim, sobre o que eu deixei p atrás, sobre as escolhas e suas consequências, algumas com uma bagagem que lhe é própria, com seu peso tão peculiar que fantasio voltar no tempo e fazer diferente. Me pego modificando detalhes, respondendo ao que não foi dito com a rispidez que era merecida. Me vejo gritando mágoas engolidas num momento de compaixão à pessoa que possue um coração de pedra e não se cansa de suas lancetas duras como aquilo que bate em seu peito.
Nem sei em que ponto do caminho eu fui arrancada de mim, nem sei se fui, sei que já não é como antes.
Também não sou a pessoa com a melhor autoestima para ponderar se estou pior ou melhor, pois eu mesma sei que tudo muda o tempo todo e tudo isso pode se ajeitar e tomar uma forma diferente.
Só sei que hoje é assim, como eu disse aqui da janela do meu quarto eu vejo as nuvens carregadas no céu e me sinto deslocada, e questiono minha existência e tudo o que a minha vida é hoje e sabe o que me resta? Minha flor, dormindo ... tão segura...e vejo que ela é o meu pedaço, e sinto uma gratidão muito grande invadir meu peito por ela estar aqui comigo agora, e de uma forma ou de outra eu simplesmente sei que ela estaria comigo qualquer fosse a minha escolha, pois ela é o meu destino.
Um espaço de inspiração, de respiração da minha alma. Gosto de escrever mini contos de fantasia recheados de misticismo e de mistério. Neles estão os Mistérios do meu caminho, um caminho inventado e reinventado a cada dia.
quarta-feira, 24 de janeiro de 2018
quarta-feira, 17 de janeiro de 2018
Almas-borboletas
Vens, num bailar ledo encher a taça de água cristalina,
Vens, num olhar risonho, encher os corações de sonhos,
Vens, tocar o sino anunciando dias de júbilo,
Vens de sapatos azuis e laços de fitas verdes laurear as montanhas dançantes.
Vens temperar os gigantes adormecidos entre couraças e carapaças.
Vens, porque é preciso!
Vens, exatamente por isso..
Porque nasceste do próprio sonho de Deus.
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