quinta-feira, 31 de agosto de 2017

De casa para a casa

Num dia entre as estrelas, muitos pairavam entre a poeira estelar. Ali, sabiam-se perfeitamente felizes, únicos e completos. 
Após milhares de anos a vagarem entre os mundos acabaram numa esfera longínqua, numa galáxia qualquer, onde os extremos de seus corpos emocionais seriam postos a prova caso resolvessem ficar por ali. 
Apenas por um instantes ou dois....desceram...entraram naquela atmosfera e permaneceram por um tempo que se quer conseguiram mensurar.
 Uns tiveram seus corpos incrustados de pura emoção, buscaram a satisfação de seus prazeres a todo custo e nem se quer se lembravam de quem eram.
 Outros mergulharam num sofrimento tão profundo que todas as vezes que seus amigos que ainda permaneceram nas estrelas tentavam se aproximar sofriam ainda mais, e nem se quer sabiam o motivo de tanto sofrimento, sofriam pois a alma,,,,Ah!! A alma! o Espírito!! estes jamais se esqueceram de quem eram, apenas a densidade da matéria é que não permitia que se recordassem de quem eram de verdade, em essência, e ali permaneceram...escravos do próprio veículo, escravos de si.
Mas um outro grupo, envolto em Amor, permaneceu buscando, encontrando o Amor onde quer que fosse, numa religião, no Cristo, no trabalho, no bem estar daqueles que se amam, na pequenez, no estado físico maravilhoso das coisas deste planeta...também não se lembravam com clareza e estes também sofriam quando falavam com os amigos que permaneceram nas estrelas, choravam de saudade, choravam conforme tinham contato com sua energia tão mais sutil e tão livre de sofrimento, das paixões aprisionadoras e de tantos outras ilusões..
Aos poucos, estes, passaram a exercer sua missão de fato, estar no dia adia daquele planeta, estar presente e imerso no Amor a cada ação e reação, aos poucos os contatos com os amigos das estrelas foram ficando mais distantes e vorazes, era importante não se sentir com vontade de estar em casa, era hora se fazer daquele planeta a sua casa